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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A educação e os jovens

 
   Muitos são os dispositivos constitucionais e legais que tratam do dever de educação e sua abrangência, atribuindo a responsabilidade pelo seu cumprimento à família – e observemos que, segundo José Outeiral, a cada três bebês nascidos, um não é reconhecido pelo genitor –, à sociedade e ao Estado (p. ex., CRFB/88, arts. 225, 226, caput, 227 e 229; e Lei 8.069/90 – ECA –, arts. 22 e 33).
   O processo educacional abrange dois níveis que se complementam: formal e informal. Aquela corresponde à orientação escolar, e, nesse ponto, cabe  ao Estado o fornecimento de uma Escola Pública de qualidade e que estimule os alunos a aplicar, em seus cotidianos, os conhecimentos apreendidos nas salas de aula, e,  aos pais, promover a matrícula dos filhos e fiscalizar, de perto, o que lhes está sendo ministrado.
   A educação informal, por sua vez, está vinculada à formação moral, cultural, espiritual, de caráter e personalidade, e é nela que se adquire “os princípios que nortearão [o nosso] futuro, como a dignidade pessoal, a honestidade, a correção da conduta, o respeito pelo semelhante, a responsabilidade profissional, dentre outras virtudes” (Arnaldo Rizzardo). Daí a importância da correta formação do processo de socialização primária, ou seja, aquela inaugural, geralmente realizada pelos pais e formadora de toda a estrutura de valores do educando.
   Nesse passo, a Igreja Cristã pode contribuir para o alcance da educação integral, viabilizando o acesso da população aos valores preconizados na Palavra de Deus, dentre os quais, 1) dar importância à família (Pv 22.6 e Pv 23.22-25), 2) escolher o caminho do bem (Pv 4.14-19 e Rm 12.21), 3) buscar a companhia dos sábios (Pv 13.20) e 4) ter bons pensamentos e atitudes (Fp 4.8-9).
    Mas, afinal, o que isso tem a ver com os jovens? É o próprio Deus quem nos responde: “Ninguém te menospreze por seres jovem, mas procura ser exemplo para os fiéis na palavra, no comportamento, no amor, na fé e na pureza” (1Tm 5.12).
    Que sejamos, pois, com a ajuda de Cristo, não apenas leitores, mas exemplares praticantes da Sua Palavra (Lc 6.46-49 e Tg 1.22)!

Antonio Carlos da Rosa Silva Junior. Bacharel em Direito, Especialista em Ciências Penais e em Direito e Relações Familiares, Mestrando em Ciência da Religião, Presidente do Projeto Desperta, Membro do Juristas de Cristo e da Coordenação Jurídica Nacional da FENASP, Professor, Escritor, Conferencista e autor do site www.direitoereligiao.com.br. Contato: acarlos_juridico@yahoo.com.br.

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