Autor desconhecido
Em Chicago, uma estação de TV transmitia, diariamente, da porta do principal cinema da cidade, um programa de entrevistas que durava 15 minutos.
Certa noite, o tempo integral do programa foi usado para entrevistar duas meninas, uma de 13 e a outra de 11 anos.
Os telespectadores ficaram indignados com as frivolidades tratadas na entrevista.
Afinal, o assunto girava em torno de como haviam passado as férias, se ajudavam a mãe nos trabalhos de casa, como iam os estudos etc.
As pessoas que foram assistir o programa no local da transmissão, não compreendiam porque os coordenadores deixaram as meninas monopolizar inteiramente os 15 minutos.
Vários telespectadores, impacientes, chegaram a telefonar para a emissora para expressar seu descontentamento.
Durante todo esse tempo não pudera receber a visita das filhas, devido ao rigoroso regulamento do hospital, que proíbe a entrada de menores de 16 anos na enfermaria dos casos graves.
Sentindo a proximidade da morte, Joseph fez seu último pedido:
Ver as filhas pela derradeira vez, lembrando ele próprio o recurso da televisão.
Os diretores da TV concordaram imediatamente em entrevistar as meninas durante os 15 minutos, que seriam a única chance para que aquele pai as pudesse contemplar e despedir-se, no isolamento de seu leito de morte.
E foi graças aos corações generosos daqueles diretores, que Joseph teve a felicidade de ver, uma vez mais, as filhas queridas, um dia antes de falecer.
Hoje, quando percebemos os meios de comunicação, ávidos por faturar, e faturar cada vez mais, salvo raríssimas exceções, ficamos a imaginar se teria espaço para se fazer uma caridade desse porte. Infelizmente, poucas pessoas, pois são as pessoas que dirigem os veículos de comunicação, estão dispostas a divulgar o bem e o belo.
A divulgação do bem não dá IBOPE, dizem.
No entanto, quando a dor bate à nossa porta, não é ao mal que nós buscamos, mas a alguém que nos mostre uma luz no fim do túnel, uma chama de esperança, uma mensagem de otimismo...
JUVENTUDE FILADÉLFIA
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