Páginas

sábado, 19 de maio de 2012

RECEBER O QUE MERECE E MERECER O QUE RECEBE

 


"Digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7) é um dito de Jesus dirigido aos


 obreiros


 do evangelho. Os doze apóstolos foram encaminhados à missão em Israel com este ditado 


(Mateus 10.10)42. Os setenta receberam a mesma recomendação (Lucas 10.7). Paulo citou 


duas vezes este dito, uma vez fazendo referência à sua pessoa e aos obreiros em geral (1 


Coríntios 9.14) e outra vez falando especificamente sobre os bispos da igreja (1 Timóteo 


5.18)44.

A forma como o ditado aparece em Mateus 10.10 é um pouco diferente da que ocorre no 



outros textos: "Digno é o trabalhador do seu alimento". O uso do termo "salário" (em 


Mateus 10.10) ou "ali-mento" (em Lucas 10.7) não altera o sentido básico do provérbio.

O sentido deste provérbio é duplo: o obreiro vai receber o que merece e o obreiro vai 



merecer o que recebe. Ele vai receber o que merece no sentido de sua segurança pessoal: 


ele não vai morrer de fome. Ele vai merecer o que recebe no sentido de que não há 


vergonha nenhuma em ser sustentado: ele é um homem honrado e digno. Ele merece. 






Assim o Mestre fala aos obreiros de segurança e honra, liga-das ao sustento que recebem 


por pregar o evangelho. Jesus foi sustentado pelos que o seguiam (Lucas 8.1-3). Paulo 


recebeu ajuda (Filipenses 4.10-20) e salário das igrejas (2 Coríntios11.8). Os evangelistas


 itinerantes do fim do primeiro século eram auxiliados materialmente em seu trabalho (3 


João 6). Este provérbio de Jesus recomenda ao obreiro uma postura de fé para que confie 


no suprimento, sustento e alimento que Deus vai providenciar



 ‎"Digno é o trabalhador do seu alimento" (Mateus 10.10) fala também que este sustento é 


algo honrado. No mundo moderno, o sustento obtido no trabalho de evangelização ou de 


edificação espiritual não é, normalmente, considerado como algo digno. Jesus, porém, 


afirma que não há nenhuma vergonha em ser sustentado para pregar o evangelho. De 


fato, é uma honra. Paulo citou este provérbio de Jesus como Escritura quando falava sobre 


os dobrados honorários (ou honra) que deviam ser dados aos presbíteros que trabalham 


arduamente (1 Timóteo 5.17-18). Seu sustento é uma forma de prestar-lhes honra, 


reconhecendo o valor da obra que fazem..

Nenhum comentário:

Postar um comentário