Olhava Pedro atentamente
Junto a João o homem doente
Cujas pernas não mais caminhavam.
Olhando nos olhos com bonança
Para ter uma esmola, "que esperança!"
Dos homens que a sua frente estavam.
Tinha no peito a dor da estática
Das pernas sem ação prática
Da dependência total dos seus.
Mas não conhecia dos irmãos o amor,
O mesmo que ameniza a dor.
Amor que vem só de Deus.
Aqueles olhares cruzados,
Pedro, João e o coxo travado
Tinham um propósito titular:
Mostrar ao mundo que o ouro,
A prata e qualquer outro tesouro
São incapazes de curar.
Nada de ouro ou de prata.
Somente o amor que acata
A grandeza do Senhor Jesus.
Todo coxo vem, se apresente.
Vem a mim, que em Deus sou crente
Quero pregar o Rei da Luz.
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